terça-feira, novembro 13, 2007

Hoje sinto-me assim... as palavras não sao minhas mas é assim que me sinto.

Aquele peso no peito, um aperto no coração, as lágrimas a bailarem nos olhos e a teimarem em quererem saltar, um vazio, aquele vazio, vazio inexplicável. Não há palavras para descrever este estado de espírito. E eu nem sei porque é que estou assim.


Não és tu, já não és tu, já é mais que tempo que não sejas tu - e não és, ainda que quando me sinto assim ainda pense em ti. Mas não é por ti, não tem nada a ver contigo. Só que também não sei com o que é que afinal este sentimento de pura letargia, tristeza ou vazio - ou até mescla de tudo isto - está ao fim e ao cabo relacionado. Odeio esta sensação de completa inutilidade, de ridículo, de solidão. Acaba por ser isso mesmo: solidão. Nunca estive tão bem e nunca estive tão feliz - nunca tive tantas pessoas absolutamente perfeitas do meu lado. E sei que estou bem. Só que falta algo, falta-me um pedaço e já não sei onde o encontrar.


Talvez o melhor seja mesmo nem procurar. É inútil - e para inutilidade já me chega o resto, já me chega este sentimento perdido por aqui e que insiste em ficar. Assim, talvez seja mesmo melhor sacudir esta tristeza, levantar os olhos e fitar o céu, por mais nublado que esteja - porque sempre é uma perspectiva diferente. Mais vale ficar-me pelas pequenas coisas que me vão fazendo sorrir todos os dias, mais vale ir vivendo através da vida dos outros, sentir emoções diferentes apenas através dos outros. É mais seguro e provavelmente é o que me está de facto reservado. E ao menos assim não dói quando a desilusão bate à porta.

1 comentário:

Anónimo disse...

Também eu encontro muitas vezes nas palavras uma forma de acalmar a minha alma. Este sentimento de pura insatisfação com o que a vida me traz. O ser que sou por vezes faz-me pensar que tudo o resto está ao contrário, outras vezes penso que sou eu quem está ao contrário…vivo também eu na incerteza diária de tentar encontrar para mim as respostas às perguntas que me faço a toda a hora. Vivo insessantemente à procura de respostas para o que me atormenta…vivo insessantemente à procura de alguém ou algo que apague o fogo que arde no meu peito, que cale os pensamento s que me vão na mente , que me faça ver aquilo que se esconde à minha frente, que me acalme os sentimentos de revolta que se acolhem em meu regaço. O cansaço…o cansaço por vezes toma conta de mim e sinto-me como se tudo aí estivesse resolvido, como se a minha alma se desligasse do meu corpo. Parece que tudo finalmente se resolve, mas os pensamenteos logo tomam conta novamente do meu corpo e volto a ser o ser que parece ser aquilo que de mais complicado há para ser. Vivo na tormenta, isso fere-me, mas por outro lado isso traz-me algum conforto. Não percebo a minha mente que me atraiçoa constantemente. É como se a dor fosse a minha cura e aí sim sinto que sou eu, sinto liberdade nos pensamentos e sinto que posso ir onde quiser. Mas sofro porque vou só, sofro porque me sinto só! Mas faço da solidão o meu aconchego e assim ganho alento para mais um dia!